Monstro asqueroso de horrenda feição Sou um cadáver em decomposição Me ergo da tumba já putrefato Mais tenebroso do que o Nosferato Me chamo vampiro, vampiro empresário Eu sugo o sangue… de qualquer otário Verme imundo, semeio a peste Me alimento da fome que grassa o Nordeste Vasculho a cultura, faço meu saque Me preparo pro enterro do Chico Buarque Me chamo vampiro… Empresto ruínas, financio desgraças no open-market Sangue coagulado é o meu capital Com juros, dividendos de um vírus letal Me chamo vampiro, vampiro empresário Sou um mostro sujo, vil e perdulário