Velha porteira de madeira já quebrada Lembra a estrada que muitas vezes passei Hoje sem vida corroída pelo tempo Lembra os momentos que por ela já cruzei Vejo a mangueira do gado que nos cercava Com suas taboas pelo tempo destruídas Recordo velho meu pai repontando o gado Meio cansado pelos anos já vivido Eu sou missioneiro de verdade Mais também sinto saudade Dos velhos tempos de guri Eu sou homem, mas vivo chorando Me espere que estou voltando Em breve estarei ai E muito breve vou voltar pra minha terra Que lá encerra a luta que meu pai serrou Vou dar seqüência do que o meu velho fazia Por que a doença do trabalho lhe afastou Minha mãezinha sempre forte trabalhando Sempre lutando com a sorte que deus lhe deu Me espere mãe seu filho esta voltando Estou chegando com a força que o pai perdeu Meu piazito muito breve vai nascer Pra conhecer a lida que seu pai cresceu Quero ver ele crescendo junto de mim Pois foi assim que seu velho aprendeu E é aqui que os meus versos se encerra Volto pra terra que deu vida e me criou Deixo a saudade aqui na cidade grande Pois foi a onde só amizade ficou