Eu sou Minas Gerais em qualquer lugar que eu estiver Eu sou o Triângulo Mineiro, eu sou o Chico Xavier Eu só a fé depositada nos versículos da Bíblia Eu peço “bença” aos meus pais e honro a minha família Eu sou a cartilha da humildade, o oposto de quem desdenha A minha comunidade e o nosso fogão de lenha Eu sou a senha de um cofre recheado de tesouros Eu sou a moda de viola no programa de calouros Eu sou a fúria dos touros e dos cavalos de rodeio Eu sou a roça, a palhoça, uma carroça sem freio Uma charrete de passeio pelas ruas históricas Pavimentadas de cultura e de tradições folclóricas De rochas pré-históricas que viraram castelos Pela mão de obra escrava dos ancestrais de Otelo Eu sou a foice e o martelo, a inconfidência mineira “Libertas Quae Sera Tamen” também levanto essa bandeira Eu sou Minas Gerais, eu sou as águas cristalinas Eu sou a luz da lamparina, eu sou uma das sete colinas Eu sou o Clube da Esquina, cachaceiro sem vergonha Eu sou o milho e a pamonha, o Vale do Jequitinhonha Um caipira que sonha em ter uma vida melhor Segurando a sua enxada molhada com o seu suor Eu sou as estórias da vovó contadas pros seus “netim” Eu sou à sombra das árvores e o canto dos “passarim” Sou o Tião Carreiro e “Pardim”, a raiz do sertanejo Eu sou o leite e a coalhada, a goiabada com queijo Eu sou o festejo do tambor mineiro, a catira, a batucada Eu sou a folia de reis, eu sou os ternos de congada Eu sou a alvorada, sou montanhas e cachoeiras Eu sou as estradas de terra, eu sou o menino da porteira Eu sou a cultura brasileira do interior do Brasil Sou o horizonte, sou a ponte que atravessa qualquer rio