Quando escapei do fandango Me esperava um azulego Quaje molhado o pelego Virei de lado a badana Poncho de seda que abana Negro com listas de prata E invés de bota, alpargata Num par de estrivo campana Depois de nove galope Co'a mais linda do surungo Fui desmaneando o matungo Atei a boca e num upa Vi de quem é sempre a culpa Que me faz ser cantador Amansei de maneador Mas inda não de garupa Então me acena da porta E emoldurada eu a vejo Sonhando a cena do beijo Calçando o pé na alpargata Rente ao estribo de prata O sapatinho da rosa Trança com fita mimosa E um lindo amor que desata Quem sabe então azulego Redomão da noite escura Levo a sorte que procura Mudar o pulso de mango? E num compasso de tango Eu assinei a minha culpa De só amansar de garupa Quando volto dos fandango