Lincon Lacerda

Vampiro

Lincon Lacerda


Dos livros eu só leio as orelhas
Corre pouco sangue nas minhas veias
Uma triste chuva chove em minhas telhas
Quase não bate sol na minha aldeia

A saudade em mim parelha
Não tenho carne e vinho pra ceia
Tentei o mel: Picada de abelha
Na vida paga inteira, não paga meia

Se a lua branca ao leite se assemelha
Então é noite de lua cheia
Meu coração: Fogo, centelha
Eu: Vampiro por aí a meia noite e meia

Eu vou com o uivo do vento na orelha
Queria ouvir o canto da minha sereia
Abate-la te-la tenra ovelha
A aranha vive da tua teia