Vou deixar as centopeias comerem minha memória Essa é a fantasia do menino de cabelo rosa Eu tenho a minha história, eu tenho os meus motivos Acordei surpreso, sobrevivi ao suicídio E de novo estou te vendo bem longe daqui Ninguém suspeita nunca, eles me veem rir E quando eu partir, quando você acordar Lembre que a energia, nunca morrerá Drenando minha dor com alguns comprimidos Melodia da morte que caminha comigo, roupas coloridas Muito extrovertido, quando que alguém se preocuparia comigo? E por trás dessas cores eu te mostro as cicatrizes Não estão na minha pele, mas em mim como raízes Quantas vezes eu sorri pra ver vocês felizes? Vou te dizer uma coisa, amor, não conte a ninguém Quando todos te consomem, consuma eles também Como uma centopeia você vai se arrastando E enquanto não levanta, você vai os devorando É quando eles percebem que também são solitários Mas somos mais fortes porque nos deixaram acostumados E conectados a escuridão provamos os fatos Que quem nunca esteve no chão, cairá mais rápido Então se agarre a dor, em último caso, tenha amor e ódio Andando lado a lado pois todos sabemos que do medo vem o fraco Sei que quando eu for não voltarei pela manhã Sei que por dentro está podre essa maçã