DE PÉ ENTRE RUÍNAS Somente vejo destroços, somente ruínas Uma coleção de tristes linhas imprecisas a formar do mundo a face horrenda que o momento final experimenta Vejo a democracia falida, vazio o sujeito Para uma moral de escravo entregues os valores e já não há mais quem poupe louvores à baixeza dos modernos tempos Só resta então em pé permanecer orgulhoso rir de todas as tentações humanistas e esperar os floreios de um novo amanhecer cujas luzes terríveis, ofuscando-me a vista, mostrarão a vastidão dos destroços e ruínas onde apenas a força será a fonte da vida.