Sempre acontece quando encontro o mar Eu abro o peito E deixo a onda levar No fluxo do espaço o que eu menos tenho é tempo Aos espirais que fazem meu DNA gritar Que eu existo a cada Samsara persistindo no erro Na indecisão do que eu faço vejo a roda girar E enquanto eu devia elevar a mente Me jogar de vez numa dimensão melhor Me apego às ilusões da carne Previsível como a próxima linha Vai e fica tudo pior A maldade te persegue e fareja a brecha Te preenche com o potencial do mal Indiferença é um sintoma, esteja alerta É tendência no hemisfério ocidental Começa a briga primeiro round nocaute O ego sobrepõe tudo que importa irmão Anestesiado com o consumismo barato Saciado brevemente mas a longo prazo Acaba silenciosamente com o seu coração As artérias que entopem são pra te lembrar Que não flui assim tão fácil aquele bem Provocando risada ou virando motivo de chacota Ainda prefiro ter aquele meu estilo zen E a teoria das cordas lembram os que manipulam Todo acesso ao caminho da retidão Internet é a teia das possibilidades Emaranhados de memes e informação A morte que balança os seus enforcados Ou balançam a criança para sua diversão Pra que lado pende a justiça A dos homens inevitavelmente um dia falha Enquanto o karma é perfeito em sua concepção Não entendo mas mesmo assim aceito Todo o complexo que é o fato de existir A dor que fere também é aquela que ensina A entender o todo em tudo, que reside em si E no fluxo eu vou Sempre acontece quando encontro o mar Eu abro o peito E deixo a onda levar