Que triste que é quando cai a maré E eu volto p’ra dentro das minhas visões Que seco, que frio, o morrer do pavio Quando caio em mim, em grilhões Que triste esta mente, doce adicção P’ra onde volto, despida da fé Que vício, que dor, esta alucinação Quer-me sempre nela, quer-me no que é E eu volto sempre aos fantasmas que me prendem Não quebro o ciclo, quero mais, sem motivo Que triste que é, cai a maré E eu rendo-me ao chão, já não sou de pé Que triste que é, cai a maré E eu caio com ela, em uníssono Que triste que é quando cai a maré E surgem ao longe as minhas ilusões Seguras cá dentro, nesta prisão Não saio de mim, presa nos grilhões Que triste este amor, perverso de si E eu fujo à dor e escondo-me assim Que vício vazio, esta alucinação Quer-me sempre nela e eu não digo que não E volto sempre aos fantasmas que me prendem Não quebro o ciclo, quero mais, sem motivo Que triste que é, cai a maré E eu rendo-me ao chão, já não sou de pé Que triste que é, cai a maré E eu caio com ela, em uníssono Mas desta vez, quero sair, quero ser eu, quero o mundo assim E desta vez, quero o real, porque sempre que minto Quem morre sou eu, e nada é meu no final E volto sempre aos fantasmas que me prendem Não quebro o ciclo, quero mais, sem motivo Que triste que é, cai a maré E eu rendo-me ao chão, já não sou de pé Que triste que é, cai a maré E eu caio com ela, em uníssono