Será que a vida começou em mim enfim? Não há ninguém pra me dizer que o amor é assim O que há com você, Cosette? Você sempre viveu em si Há tanto que aprender, há tanto mais que eu vi Eu vivi entre tantas perguntas Respostas de sim e de não Eu vivi em silêncio, ouvindo ao longe O som de uma certa canção De um lugar, de um lugar que eu sonhei pra mim Um lugar que é tão longe daqui Longe de mim! Ele sabe de mim? Nada dele eu sei Saberá que eu lhe vi? Sonhará o que eu sonhei? Eu vivi Pela vida esperando vencer Pra chegar só aqui Vem pra mim! Eis-me aqui Ó, Cosette Que tanta solidão! Eu sinto tão triste que é você Mas creia faria o que eu pudesse Que tudo acontecesse Pra nada mais doer em você Mas já não sei o que fazer É tão pouco o que eu sei É tão mais que eu não sei Da criança que eu fui tanto tempo lá atrás Nada dizes de mim, nada podes dizer Que segredo cruel que eu não devo saber? Cruel como a prisão, viver na escuridão Eu vivi tendo tudo que eu quero Carinho, calor e um lar Mas papai, ó papai Em teus olhos, sou sempre a criança perdida a vagar Por favor, por favor Eu não quero falar Por favor, há palavras que a dor Deve calar Eu vivi E agora eu preciso saber O que há sobre mim Quem sou eu? De onde eu vim? Saberás Quando Deus entender Que tu deves saber Tu verás Eu vivi pra chegar esse dia Em que ela entrou como o Sol Eu a vi, tudo em volta deixou de existir Ela agora é meu norte e farol Éponine, nada paga esse seu favor Foi você que me deu afinal a chave do amor Eu me sinto voar, eu me sinto feliz São facadas em mim Tudo mais que ele diz Eu vivi uma vida inteira e nunca senti Nada assim, ele está todo em mim Eu vivi Pra chegar só aqui eu vivi Esperei Eu sonhei