Buena, amigo Buenas, como te vais? Te lembras de alguma coisa que a gente deixou pra trás? Eu só tenho na lembrança nossos tempos de criança Que partiu não volta mais As montarias em petiço; tiro de laço em terreiro Os porco no mangueirãoe os bois velhos no potreiro Uma candeia de sebo ou até mesmo um candeeiro Que iluminava os gambás que batiam no galinheiro As doceiras nas carretas, nos domingos de carreira Feijão batido à manguá! Enchia o pano da eira Puxa-puxa de melado nos dias de chuvisqueiro Arroz socado em pilão e o charque pro arreteiro Acordeoninha de oito baixos que, de longe, era um gemido Nos fandangos de galpão, com piso de chão batido As paredes eram de barro;a cobertura de sapé E até clarear o dia a moçada arrastando o pé