Se golpeio outro trago E a tava dá volta e meia Já o coimero me bombeia E aperta a sorte na cancha Cinco pila o mesmo trago Que a tarde desmancha o velo Num tranco de quero-quero Outra clavada ali se arrancha Arrodeio de calavera Donde a lei é respeitada E uma tava bem ferrada É o destino de quem joga Porque um tiro que se lança Jamais dá volta pra mão E se é culo meu irmão Teus troco ficaram à sóga Volta clavada que sorte, sorte clavada Que volta, se vai a alma no osso Depois que o osso se solta Comércio estabelecido De estrutura renomada Uma cancha, uma ramada E um milico de coimero Humilde estampa pampeana Bolicho de copa inteira Fina flor desta fronteira Tava, truco e rinhadero Noite larga na guaiaca Rebusque de pouco em pouco Fui me juntando com os troco Este é o fato e assim me agrada Em tantas deixei minha plata Não reclamo nem contesto Pois este é o nosso universo Com 'culo' e 'sorte' clavada