O tranco largo Do mourito quero-quero, Vem compassando A voz da espora e do cincerro ... Rastro batido Do rebanho rumo à aguada Mostra a cruzada Da sanguita do potreiro ! Enxergo ao longe O vulto do meu ranchito, Quadro bonito Emponchado de santa fé ... O mouro pampa Mata a sede num remanso A'donde a sanga Guarda a flor do aguapé ! Na grama verde Vejo um vestido de chita, Ao sol de maio Estendido no quarador... Direito ao rancho Minha alma ganha asas Prá estar nas casa Junto à luz do meu amor ! Ao mate bueno Que sorvido, traz-me o beijo Por este outono, Banco o mouro na ramada ... E um cinamomo Chora o tempo desta ausência , Que se termina Junto à copa amarelada ! Por isso a cada outono Meu regresso, Confesso Tem mais brilho na chegada ... Talvez porque as folhas Que dormitam Reflitam A luz do sol da minha amada!