Não sei se um tento do catre Que cortou me desconforta Ou se a lua que andejando Olha entre a quincha e a porta Talvez tentando aclarar Alguma ilusão já morta Tremulam os fios da crina Do meu rancho idolatrado Dança a luz da lamparina Neste templo enfumaçado Onde a gaita do silêncio Abre o fole do passado Inquietude do meu cusco Vai e volta até o portão Se enrodilha, abre buracos Junto as cinzas do fogão Talvez ouvindo escaramuças Dos potros da solidão Cruza um astro caborteiro Estaqueado nesta tela Veludo azul pontilhado De lantejoulas tão belas As Tres Marias me espiam Pelas frestas da janela