Conheci o Zé Mariano Um home sem coração Na arta sorocabana Foi o rei dos valentão Com mais de cinqüenta morte Era o terror do sertão Nas festas que ele chegava Matava sem compaixão Certo dia numa venda Veja o que ele foi fazê Tirou seu punhár da cinta E não deixou ninguém corrê Pegou um garrafão de pinga E obrigou o pessoár bebê No meio tinha um menino Que não quis obedecê Mariano virou e disse Menino da donde veio? Moleque tu vai bebê Um copo grande bem cheio Aquele que se doê Pode falá sem receio Home de barba na cara Costumo cortá de reio Menino afastou e disse É mió ocê respeitá Sou sozinho neste mundo Nada tenho pra deixá Mariano soltou um berro E balanceou o reio no ar Já na primeira guascada Uma bala foi encontrá Mariano deu quatro vorta Caiu no chão e falô Tô perdido, rapaziada O menino me matô O fim dos valente é triste É sina que Deus marcô De pagá na mão dos fraco Os crime que praticô