Leôncio e Leonel

Valentão

Leôncio e Leonel


Conheci o Zé Mariano
Um home sem coração
Na arta sorocabana
Foi o rei dos valentão
Com mais de cinqüenta morte
Era o terror do sertão
Nas festas que ele chegava
Matava sem compaixão

Certo dia numa venda
Veja o que ele foi fazê
Tirou seu punhár da cinta
E não deixou ninguém corrê
Pegou um garrafão de pinga
E obrigou o pessoár bebê
No meio tinha um menino
Que não quis obedecê

Mariano virou e disse
Menino da donde veio?
Moleque tu vai bebê
Um copo grande bem cheio
Aquele que se doê
Pode falá sem receio
Home de barba na cara
Costumo cortá de reio

Menino afastou e disse
É mió ocê respeitá
Sou sozinho neste mundo
Nada tenho pra deixá
Mariano soltou um berro
E balanceou o reio no ar
Já na primeira guascada
Uma bala foi encontrá

Mariano deu quatro vorta
Caiu no chão e falô
Tô perdido, rapaziada
O menino me matô
O fim dos valente é triste
É sina que Deus marcô
De pagá na mão dos fraco
Os crime que praticô