Na arta araraquarense Tinha um rico fazendeiro E tinha um filho pequeno Era seu único herdeiro Foi consurtá uma cigana Veja o triste desespero O seu filho vai ser morto No chifre de um pantaneiro Mais ele não conformava Com que a sorte dizia E bem longe da invernada Uma casa construía Cercou com grade de ferro Para dar mais garantia Pro seu querido filhinho Que ali dentro ele vivia Muitos anos se passou E o filho do fazendeiro Ficou moço ali fechado Cresceu como um prisioneiro Certo dia disse ao pai Me leve lá no mangueiro Quero ficar conhecendo O tár de boi pantaneiro O ricaço não queria O seu filho contrariá Já mandou matar o boi Pro filho podê olhá E depois do boi já morto Sem perigo apresentá Pra conhecer o mestiço Seu filho ele foi buscá Chegando no matadô O rapaz se admirô A primeira vez na vida Que um boi ele enxergô Foi arrodiar o mestiço No seu sangue escorregô Caindo em cima do chifre Que seu coração varô Vendo seu filhinho morto Quase louco ele ficô Chorando desesperado Desse jeito ele falô Adeus meu filho querido A sorte me derrotô Cumprindo a sina marcada Destino que Deus marcô