Um rancho tosco, no costado da mangueira Dia de lida, debaixo de um céu azul É bem cedito, e os campeiros vão lidando Vida de campo dos homens aqui do sul A terneirada, coiceia o cusco que late E num aparte, o Larico já peala Chega o Nicácio, coleia e puxa da pata Me traz a marca, enquanto o Chico assinala São nos fundões desses campos Que se enchergam ranchos beirando a mangueira Para abrigar das distâncias Algum peão de estância da lida campeira É marca, sinal e tarca Serviço antigo dessas sesmarias Onde se junta a peonada Quando em clarinadas o galo empeza o dia Se ouve os gritos da peonada apartando E a novilhada que berra e troca de ponta Bem na porteira a armada já ta cerrada Num de cucharra nas mãos de um brazino pampa E nesse tranco segue a lida tento a tento Levando golpes sem nunca floxá o tutano Serviço antigo da indiada mais grongueira Campo e mangueira essência de um pampeano