Fim de tarde trote manso Vem chegando junto as casas Cambona chia nas brasas Junto ao fogo de chão Desencilho no galpão O flete baio estradeiro E a saudade de um parceiro Me aperta o coração Um que se foi desse mundo Mas não saiu da lembrança Mateou auroras na estância E se foi, rumando a estrada Quem sabe hoje sua alma É uma estrela noite afora Ou roseta de uma espora Em alguma gineteada Uma estela encandecente Com brilho maior do mundo Corta o céu por um segundo Que até arrepia o campeiro Tem um brilho feiticeiro Que entristece a querência Deixando tamanha ausência Por saudade de um parceiro