Silenciou o vozeriu Morreu a charla O galpão se cala Perdeu o sentido Quem gritou truco Para a ilusão Jogou de mão Mas perdeu envido Não há gaitadas Tão pouco gaitas A voz do taita Perdeu seu léu Não há guitarras Ponteando sonhos E nem fumaça Formando véus Do Camboatá Só restou a brasa E a velha casa Virou tapera Não há mais cusco Espraiando sono Ao redor do dono Mateando espera Velhos retratos Restos de um basto Lombilho gasto Sem as basteiras Campeiam sonhos Em reculutas Na doma bruta Da alma poveira Velhos retratos Restos de um basto Lombilho gasto Sem as basteiras Campeiam sonhos Em reculutas Na doma bruta Da alma poveira Cavalos magros São charreteiros Dos papeleiros Em duras jornadas Perderam garbo Não mascam freios Nem escarceiam Nas campereadas Bombachas largas Velhas e poídas Igual a vida Desses paisanos Ainda retratam A estampa monarca De quem pôs marca Em muito orelhano Bombachas largas Velhas e poídas Igual a vida Desses paisanos Ainda retratam A estampa monarca De quem pôs marca Em muito orelhano Do Camboatá Só restou a brasa E a velha casa Virou tapera Não há mais cusco Espraiando sono Ao redor do dono Mateando espera Velhos retratos Restos de um basto Lombilho gasto Sem as basteiras Campeiam sonhos Em reculutas Na doma bruta Da alma poveira