A tarde espera o trem em Santa Fé O céu não presta conta das horas O canto é violeta nesse céu E nasce em tua fotografia Passando em minha boca, no meu ar Pra quem quiser ouvir A chuva se anuncia num trovão O sopro me lembra terra molhada Enquanto as tendas tentam se abrigar Na catedral distante, o sino toca Meu acalanto é teu encanto Desaba o temporal Tanto som somado ao violão Abre passagem pro trem na estação E o porta-retrato Já deixado de lado Cai no vermelho chão Não se quebra, não Quando teu corpo é colado no meu, Justificado Manto sagrado, Faz dos sons de Santa Fé uma oração.