Eu bebo é pra ficar tonto 
Aí vou te contar o que eu apronto 
Eu bebo é pra ficar tonto 
Troco esse som por dois conto 
Eu bebo é pra ficar doido 
É pra ser um peso, um engodo 
Eu bebo é pra ficar ruim 
Pra que você saia de mim 

Traz a pinga, o torresmo, traz a alma jogada a esmo 
Abre a tampa dessa garrafa, abre a cabeça que se safa 
Seca o álcool que te sobra, seca a vista que te assombra 
Junta o troco que te resta, junta a dignidade que te testa 

Onde é que eu desconto a minha raiva, na sua porta ou na sua fuça? 
Pra que serve essa cara brava, essa boca torta, essa carapuça?