No cerne do seu ser chove Sentidos que me escorrem pelas mãos Me faz de campo baldio No qual os seus caprichos são inundação Quando chega do nada, traz pra todo escuro Luzes desvairadas Põe meus sonhos em riste Chora riso, insiste em ser doce e salgada Eu tenho vontade, mas não tenho vocação Pra viver de chuvarada O seu porvir irascível Desata pontos fracos dos mortais Seu feminino é terrível Seu masculino é mouro nos seus ancestrais Anuvia minha mente, é sempre indiferente aos Meus velhos credos Me acolhe em consolos Me expulsa aos berros tão cruéis e térreos Não quero piedade, eu só quero compaixão Por meu chão Ah! você já me tirou do sério Toda vez que chove eu espero Sei que você não gosta do sol