Leo Ameida

Tropeiros

Leo Ameida


Tom: A

A E B7 E A E B7 E

"O romantismo rendeu versos ao gaudério e a história decantou
bandeirantes mas foram eles, os birivas, que fizeram
a integração destes povoados tão distantes"

E                       A
João Miguel era tropeiro gastou a vida na estrada
B7                   A                     E    A
Levando mulada chucra do Rio Grande a Sorocaba
E                     E7                          A
Aprendeu nas arribadas que a sorte a gente é que faz
                F#7                        B7
Um biriva de vergonha não deixa mula pra trás

E                 A
O facão sorocabano levado sem aparato
B7                     A                 E   A
O chapéu de abas largas as botas de cano alto
E                   E7                   A
O trajar era modesto mas a mirada era altiva
               E           B7                  E   B7
Subindo ou descendo a serra João Miguel era biriva

                      E
(Bota n'água esta madrinha, madrinheiro
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Que a tropa vai seguindo enfileirada
                                         Bis
Vou na balsa segurando o meu cargueiro
                     E
Com as bruacas de paçoca bem socada)
Int.
D                 G  D                     G
Maria murchou na vida de casa e cabo de enxada
E7                 A         E7                  A
Com um olho nas crianças e o outro fitando a estrada
G              D          A7                     D
João Miguel virou lembrança na cruz à beira da trilha
B7               E  B7                E
E Maria foi plantada lá no alto da coxilha

                         A
João Miguel era tropeiro, seus netos tropeiros são
B7                       A                    E  A
De esperanças mal domadas que desgarrando se vão
E                   E7                    A
A esperança madrinha segue na frente entonada
                    E    B7                E  B7
E seu cargueiro de sonhos traz a bruaca lotada
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