Fiz uma grande proeza Foi em um mês de fevereiro Fui buscar uma putada Lá perto de Marmeleiro Num garimpo da pesada Ali só tinha um puteiro O dono tinha morrido Pelas mãos de um pistoleiro As putas tavam sofrendo Sem comida e sem dinheiro Quando eu cheguei no puteiro Já tava raiando o dia As putas me avistaram Foi tão grande a alegria Umas arrumavam as malas Outra um cigarro pedia Outras queriam trepar Mas na hora eu não podia E na hora da saída uma disse que não ia Ela se agarrou com um cara Sujeito mal-encarado E disse "daqui não saio sem o meu enrabichado" Os dois caíram no mato Parti de passo apressado Encontrei o cara e a puta no meio do descampado Amarrei ela e trouxe Deixei o cara amarrado Quando eu cheguei no puteiro O cara já tava lá Achei aquilo esquisito Dele se desamarrar Mesmo assim não liguei Mandei as putas embarcar O cara chegou em mim Falou pra eu lhe levar Que estava desmoralizado, ali não podia ficar Eram trinta e cinco putas Com o cara trinta e seis Quando entreguei a putada Alguma coisa cismei Faltava o cara e a puta Nisso eu me assustei Só trinta e quatro putas, o que aconteceu não sei Dizem que era um fantasma de um garimpeiro gay