Corre, vem pra ver Toda cidade já movimentou a praça A molecada vem descendo a ladeira Na vibe da suingueira com uma nuvem de fumaça Corre, vem pra ver Seu joão já abriu sua padaria A dona Cida já mandou chamar a banda E o Juca bala na ciranda junto com sua tia marta E o seu sagui Me arrastou lá pro boteco da esquina Me deu conhaque com cheiro de criolina E eu passei tão mal Mas de repente bateu um treco Uma saudade que eu tinha da morena Com aquele bafo, fui falar com a pequena Que não quis nem me escutar Só me dizia que eu era um louco Perto dela só andava com bom gosto Fiquei grilado, tão revoltado e muito nervoso Mas tudo bem Pois não é sempre que jogamos pra ganhar Enquanto isso a baranga da ciranda Tira até as havaianas e me tira pra dançar Mas tudo bem Eu tomo um gole e encaro um desafio Já sinto até uns arrepios E uma vontade de chorar A doida da baranga me arrastou Me arrastou lá pra de cima do seu morro Onde o enredo é um pedido de socorro De uma gente que transpira pra caralho Pra botar leite na mesa Da amizade retiro meu alimento Fiz sacanagem, vou buscando meu sustento Fazendo música pra corpos relaxados Terem como se soltar