Eu vim da terra, da terra sou inquilino Eu aprendi que o que resta vira destino A rima é aviso Se espremendo nas fendas das rachaduras das portas Se for preciso Eu levo a vida no improviso Não saio ileso, não saio liso O peso nas costas é como um tanque Uns vendem pó, outros skunk Outros enchem a cara e rola um E vai pro funk pra pra viver Vivão Se sentir vivo Pra esquecer que no mundão foi esquecido Pra esquecer que só reclama, a trama Que é o lanterna dessa fila indiana Dessa nação, Brasil singular Dessa geração que não sabe mais amar Não sabe respeitar Vejo uma criança e enxergo malícia no globo ocular E hoje busco o meu lugar Sem medo de poder parar Talvez a estrada nos faça crescer E hoje busco o meu lugar Voltei atrás pra entender O erro que hoje me distrai sou eu A indecisão é fato A pressão de não ver saldo com os rato, mané Distante sonho alto com a ralé Dou um salto e vou na fé Mas com a água no pescoço aqui não tá mais dando pé Tamo junto nesse caminho Eu sinto esse sentimento e, sei, não sinto ele sozinho De trabalho e crime Anjo e demônio É a sentença entre os que deprimem e os que erguem a cabeça Entre um beck e risco, eles oprimem Me vejo sem lugar no céu como john constantine Ascendo o beck que é a prece E esquece de quem passa fome Mas maloqueiro eles não esquecem Esquece de quem tá na calçada atirado Prisão mental, irmão, sem ser julgado E eu continuo trabalhando Essa não foi por mim Porque um tubarão já nasce nadando E hoje busco o meu lugar Sem medo de poder parar Talvez a estrada nos faça crescer E hoje busco o meu lugar Voltei atrás pra entender O erro que hoje me distrai sou eu E nada mais é só Desfaça o nó da corda Nóis é melhor, a nata acorda de chinelo (só eu) Enquanto eles forjam Então não pare A vida é uma só de chinelo ou de Ferrari Encare ela, não pare nela, pois ela é bela Quebre a tela dessa novela à manivela (faço o meu caminho!) Vai ver onde tem mais depressão Leblon ou na favela