Tom: G
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Oh! Heliodora ... Trago coisas de você,
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minha cidade,
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no coração e me ponho a sofrer
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Meu violão chora triste de saudade
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daquela felicidade que ficou lá para trás.
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Os meus amigos hoje estão todos mais velhos
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e muitos deles já se foram para Deus,
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estão em paz e eu me encontro nesta vida
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tão carente desses tempos que se foram
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e não voltam nunca mais.
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Sou seresteiro, aquele grande rapaz,
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extrovertido,
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chorando o tempo que ficou lá para trás,
indefinido ...
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Os companheiros de seresta foram embora,
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o que me resta de outrora
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é a saudade que me mata.
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Cadê Rosana?
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Onde estão todas as musas,
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aquelas gatas intrusas que pediam pra cantar?
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Cadê o Cuca, o Regis, o Tiça, o Té,
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o Renato, o Zinho, o Zé e o Bigode lá do Bar
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Fui seresteiro, um grande sentimental,
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pode crer;
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já me dei bem e também me dei mal,
como vê ...
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Já fiz sofrer a quem muito me queria
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mas, também, dei-lhe alegria,
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os sonhos que possuía.
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Eu fui boêmio, um sonhador descontrolado;
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fui pra muitos um desalmado
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e pra outros fui herói.
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E hoje o tempo não perdoa,
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estou assim
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A lembrar a vida boa
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E com saudades de mim
