Diálogo passado Homem e natureza harmonizado Orgânico, planta, colhe, come, sustenta a fome Tem pra todo mundo Terra tem de sobra Vendo faz barulho Água que transborda Translúcida, úmida Meandrante, abundante, constante Lava corpo, alma, pele, sede, fé Profetiza, mas não adivinha O que está por vir Máquina de construir Máscara de evoluir Demolir, demolir Morre cultura, monocultura Girando o arado Cabeça de gado Pés e mãos atados Por quem controla o preço do barril Quando viu, nem viu A lama veio e destruiu Tsunami a montante Como nunca se viu Civil, correu, fugiu, partiu Defronte a natureza é hostil Humano baldio, humano baldio, baldio Se a consciência é volátil Humano baldio, humano baldio, baldio Veneno em nossa terra tão fértil Humano baldio, humano baldio, baldio Corrompe a vida desse doce rio Humano baldio, humano baldio, baldio Tupinambá, tupinikin, guarani Krenak não bebe mais ali Samarco marco de morte Sem suporte De pindorama pra cabral É veracruz Aracruz conduz ao deserto verde Árvore no seu quadrado Pra fazer papel retangulado Onde escrevem as leis De quem? Pra quem? Por quem? Defronte a natureza é hostil Humano baldio, humano baldio, baldio Se a consciência é volátil Humano baldio, humano baldio, baldio Veneno em nossa terra tão fértil Humano baldio, humano baldio, baldio Corrompe a vida desse doce rio Humano baldio, humano baldio, baldio Nos enterraram na selva de pedras Nossa mão da terra, nossa mão da terra