Je mourrai pour qu’un ange Me ranime au-delà D’une réalité où mon corps affamé se bat Je ne veux pas ce vaisseau Ces chairs, ce ventre, ces bras Sinon pour plonger dans un espace où je ne suis pas Et noyer, noyer l’océan qui boit Mon sang, ma voix Légère et floue je dîne De tulipes et d’eau pâle Le blanc immaculé de ma chambre Vomit ses étoiles Je plane au-dessus des vagues Qui chassent mes repas Je vole et reviens d’un monde où la vie ne joue pas Je me noie, noie et vide mon corps malgré moi Mon sang, ma voix Je me noie, je me vois, je perçois L’ange est là Il souffle sur mes blessures Le secret oublié L’homme est seul à croire que la mort est sa liberté Et noie, broie son âme désespérée Toi, de toi Vois-tu vraiment la beauté, ton être en soi? Toi Eu morreria pra que um anjo Me reanimasse além De uma realidade onde o meu corpo faminto luta Eu não quero mais essa viagem Esta carne, este ventre, esses braços Se contrariam e mergulham e um espaço onde eu não estou E se afogam, se afogam no oceano que bebe Meu sangue, minha voz Uma ligeira e difusa luz Eu comia tulipas e água pálida E o branco imaculado do meu quarto Vomitava suas estrelas Eu voava acima das ondas Que procuram meu alimento Eu vôo e volto para um mundo onde não se brinca com a vida Eu me afogo, me afogo e esvazio meu corpo contra minha vontade Meu sangue, minha voz Eu me afogo, eu me vejo, eu percebo O anjo aqui Ele sopra sobre minhas feridas Os segredos esquecidos O homem é o único que crê que a morte é sua liberdade E afoga, esmaga sua alma desesperada Você, é você Você realmente vê a beleza do seu eu em si? Você