La différence Celle qui dérange Une préférence, un état d'âme Une circonstance Un corps à corps en désaccord Avec les gens trop bien pensants, Les mœurs d'abord Leur peau ne s'étonnera jamais des différences Elles se ressemblent Se touchent Comme ces deux hommes qui dansent Sans jamais parler sans jamais crier Ils s'aiment en silence Sans jamais mentir, ni se retourner Ils se font confiance Si vous saviez Comme ils se foutent de nos injures Ils préfèrent l'amour, surtout le vrai À nos murmures Ils parlent souvent des autres gens Qui s'aiment si fort Qui s'aiment comme on dit "normalement" De cet enfant tellement absent De ce mal du sang qui court Et tue si librement Leurs yeux ne s'éloigneront jamais par négligence Ils se reconnaissent, s'apprivoisent Comme ces deux femmes qui dansent Sans jamais parler sans jamais crier Elles s'aiment en silence Sans jamais mentir, ni se retourner Elles se font confiance Si vous saviez Comme elles se foutent de nos injures Elles préfèrent l'amour, surtout le vrai À nos murmures De Verlaine à Rimbaud quand on y pense On tolère l'exceptionnelle différence Sans jamais parler sans jamais crier Ils s'aiment en silence Sans jamais mentir, ni se retourner Ils se font confiance Si vous saviez Comme ils se foutent de nos injures Ils préfèrent l'amour, surtout le vrai À nos murmures La difference Quand on y pense Mais quelle difference? A diferença Aquela que perturba Uma preferência, um estado da alma Uma circunstancia Um corpo-a-corpo em desacordo com as pessoas, bem pensando... Os hábitos comuns... Suas peles jamais temerão as diferenças Elas se reconhecem, Se tocam Assim como estes dois homens que dançam Sem nunca falar, sem nunca gritar Eles se amam em silêncio Sem nunca mentir, nem se voltar contra ninguém Eles se tornam confidentes Se vocês soubessem Como eles não estão nem aí para suas injúrias Eles preferem o amor, sobretudo a verdade do que nossos murmurios Eles falam sempre sobre as outras pessoas que se amam tanto que se amam, como chamamos, "normalmente" Desta criança tão ausente Deste mal que está no sangue que fere e mata... tão livremente Seus olhos jamais se afastarão por negligencia Eles apenas se reconhecem, e se familiarizam Assim como estas duas mulheres, que dançam... Sem nunca falar, sem nunca gritar Elas se amam em silêncio Sem nunca mentir, nem se voltar contra ninguém Elas se tornam confidentes Se vocês soubessem como eles não estão nem aí para suas injúrias Eles preferem o amor, sobretudo a verdade do que nossos murmurios De Verlaine à Raimbaud quando paramos pra pensar... Nos toleramos esta excepcional diferença! Sem nunca falar, sem nunca gritar Eles se amam em silêncio Sem nunca mentir, nem se voltar contra ninguém Eles se tornam confidentes Se vocês soubessem como eles não estão nem aí para suas injúrias Eles preferem o amor, sobretudo a verdade do que nossos murmurios A diferença... Quando paramos pra pensar... Qual a diferença?