Nascido sob um sol de outono Em manjedoura de areia Enquanto a mãe mirava o céu Na derradeira vez Tomou-lhe ao colo a parideira E viu ser cria sem chorar Pernas fortes, braços de um Guerreiro ou caçador Filho do sol, Tupã Se batizou no mar Sem mãe ou pai Tupã, filho do sol Do oceano azul Fez o seu lar Cresceu criado pela tribo Entre floresta e beiramar Os sábios lhe estranhavam a pele Clara de luar Versado em arco e pescaria E da maré desbravador Fez da mata o seu quintal E da ressaca estimação E conheceu o amor Nos seios de Jaci A beira-mar Jaci lhe prometeu Dar-lhe um filho à luz Pra ser feliz Jaci não viu no horizonte Os monstros de madeira e véu Homens com a pele clara Como a de Tupã As lanças que cuspiam fogo Derrubaram o casal O arco de Tupã na areia Com o sangue de Jaci