Um papel Uma caneta E uma dor que igual Não há de existir Pra parir Mais um verso de nada Que a madrugada Vai polir. Madrugada Caminho longo e estreito Ondeo freio É fácil perder Sair da porta É abrir a porta Pra escrever. Dramas, sonhos Tudo vale Qualquer coisa É motivo Para o que se vive Ficar por escrito. Frases Em linhas tortas São altos e baixos da vida Caminhos Sem direção definida. Um papel qualquer Um espaço em branco Pra meu espanto Está tudo ali O quanto eu amei O quanto eu errei O que eu vivi. Vida que se leva Do lado escuro O jogo é duro Até o final Em cada lado existe O quanto serviste Ao bem Ao mal. Gritos Gestos de angústia Só quem sente É quem sabe Quando o sol se apaga E o inferno se abre. Paz interior É algo pra um em cem É algo que o poeta não tem.