Já tentei mas não consigo ser suicida Eu alimento a morte com a vida Inventei refúgios pra minh'alma escondida Do cálice afastado a mais doce bebida. Provei do gosto das derrotas O cheiro do sangue que perdi Meus passos incertos em linhas tortas Gotejam ao chão, seu nome enfim. Olhando o teu rosto por detrás da vida Visto meu manto de sonhos perdidos Contorno os olhos desta alma ferida Que me levam ao mais belo acaso prometido E piso no pescoço da razão Desprezando a lógica do sorriso Canto somente o que meu corpo espera ouvir Somente o que morte vem a me pedir E assim saciada Me mantém Escravo de coisa nenhuma Servo de caprichos sem nexos Corpo sem fluxo