Meu sonho foi o mesmo que o de ontem Acho que faz mal, mas me mantém Não me aproximo pois não faz bem Eu mesmo destruí o que nem criei Por onde eu pisar gastando notas, eles esperando a minha derrota Jovem triste só melhora a aposta Nem te conheço então não encosta Nunca quis o inferno dessa taça Clima quente, meu cordão me sufocava Fazer média é por um garfo na tomada Enquanto gritam, escuto, mas não ouço nada Vou pegar o moletom com o maior bolso Fumar até meu teto dar preto fosco, sei que as vezes te pareço louco Só falo comigo e não entendo os outros Eu apaguei os versos que tinha feito pra ela Me restaram maços, cigarro na janela Lido com imagens de traíras semelhantes Lágrimas e métricas que lembram o nome dela Eu apaguei o contato mas não a conversa Eu perdi o interesse mas ainda me estressa Me sinto sem lugar na sua atmosfera Então que queime o mundo carburando erva Jovem estrela porque me alimenta? Como aguenta tanto? Eu sou o Sol em caos Deprimido, comprimido em nada Eu sou começo, meio a meio, sem final A prisão da minha cabeça esvair Como fumaça ou vendaval Mas nada disso, sério, nada disso faz sentido sem sentir você aqui E eu implodo toda vez que explodo cansa de me escutar implorar Olhando o relógio parado por pouco assistindo de perto a essa super nova Nada novo sob o Sol que habito, daqui de cima eu assisto queimar Hoje as vozes gritam meio roucas muito loucas porque eu já não consigo escutar Amor eu sou um monstro Eu sei mas não posso lidar Por mais que com calma se eu pedir ajuda Eu sei que não resta uma alma nesse lugar Então que se foda o resto, eu peço que me escute Antes que eu comece a sufocar Eu já te avisei em versos que eu te quero perto Sem você não da pra respirar