Quando meu passo afundou O chão me absorveu A terra, transpassou Meu corpo em direção ao breu Me envolveu na escuridão Uma crosta a proteger Meu ego inflado de ilusão Me impedindo de entender Que afundar é permitir Elevar a compreensão Sobre a dor de existir Por negar essa missão Dever imposto a todos nós De ver que não estamos a sós Uma fenda se formou Sobre a crosta Que me envolvia Por entre as Minhas rachaduras A Luz me invadia Irradiando consciência Erradicando incertezas Eu me vi-brando em frequência Catalisando transcendência Meu orgulho se descasca Ficam para trás as placas Tectônicas Eu mergulho nas camadas Dissonantes da minha alma Afônica O sangue da terra borbulha Me lava, é lava vulcânica Diante da fera e da cura Vou leve, me eleve num mantra