[Vinicius Set] Pra falar do que sinto pensei, bem sei, eu Deus meu próprio sansei Já fumei e sim sou só mais um cara só Carpe Diem, aproveita voltaremos ao pó Ao sul, ao som, muralhas brancas Na seda um do bom e um Dazaranha Aqui é o Morro da fumaça, sem tropeço eu ultrapasso E os dias que sempre passam, passamos, contamos passos Fingimos, fugimos, infringimos a lei do espaço Decora que é foda, meu flow não é falso seu cabaço Mantenho minha coletânea, colecionando fotos De fatos que não esqueço, que me tiraram o foco Latino Americano, qual é tru? Cogitou que hoje eu tô Na labuta contando meus troco, reciproco Dando risada a noite toda, tipo KKK É um moinho de vento que eu tirei da cartola, la, la, la E a funerária vai lucrar, noite passada violenta Como eu posso ter saído dessa buceta tão leiga Leite materno azedo, me deram cristal e taças Passas, pesadelos, pessoas moldurando a graça Diversão não é desgraça, numa dança com a morte A puta perde a graça, gritando que é La Crosse Bandida assina o porte sabendo que é classe No epitáfio, meu autógrafo, toda a verdade A ilusão é um comprimido, joguem suas idéias Corpo ferido, é dura queda A espera de ser algum bandido, eu to na resistência Se viu sonhador, fazendo a cabeça [Gadelha] Cultura banalizada, rappers vendendo a alma Pensadores em coma, vândalos a mão armada Inteligentes entendem, inteligencia ancestral Quem é Buda, Ganesh, Ala, Rá, Set ou Nergal Pichadores preenchem, caligrafias que infingem Sociedade repreende, o raciocínio atinge Liberdade e Arte, expressão movimento Protesto e adrenalina, divide o conhecimento Lento é o tempo, chapado eu concentro No centro da terra, ali eu me encontro, ali eu me vejo, por Mais educação e menas pedra de crack Não tem lugar pra Neymar nem pra Osama Bin Ladem Quero mais é que se foda, esses babaca que faz moda Canto Rap de verdade, pretendo entra pra historia Chega de papo furado e fica pedindo esmola Vamo meter o nosso som, atirar pedra em patriota vulgar Vem tenta, me cala, besteira vai falar, eu não vou nem ligar Vai passar vergonha, que joguem facas Mais as minhas rimas não falam de coisas falsas Copo cheio de mentira, e a cabeça vazia Anestesia a sobriedade, com tanta hipocrisia