Mente, corpo, sincronizados Toca-disco, microfones, ajustados Foices, martelos, posicionados No campo, na cidade representados Cercas, muros ultrapassados Barracas, barracos levantados Fazendas, salões desapropriados Invasores, marginais rotulados Encurralados pela tropa de choque Armas contra latinhas e enxada, vê se pode Se sacode, bate de frente, enfrenta, não corre Desordem, a única solução contra a ordem Imposta por quem só se preocupa com os cofres Os nobres se cagam quando vêem unidos os pobres Invasões, manifestações, condições melhores Fuzis atrofiados, esperança pros menores Holofotes, lamparinas, minas, Marias bonitas Diferentes bandeiras, objetivo a vida Cantando, lutando, curando feridas Estrias deixem pras madames em suas clinicas Faixas, cartazes, anunciam conquistas Atos, shows, perturbam os imperialistas Florestan Fernandes centro ativista Casa do Hip-Hop, Diadema, sonho à vista Onde a mídia não chegou, não deu pitaco Das lavouras ao asfalto Em vão não foi o sangue derramado As manchetes não condizem com que é realizado Entre as paredes e as matas organizado Indígenas, africanos, proletariados Cansados de esperar a volta do crucificado Talvez o mesmo de mão já tenha nos largados