Bem-vindos à guerra declarada Onde armas silenciosas são disparadas Através da engenharia liberal Tecnologia nos concedeu o controle global Controlamos os governos, a economia, a ciência Religião, mídia e política Os alimentos, a água do planeta Controlamos tudo de forma intensa Escrevemos e contamos a história Deixamos os inferiores sem memória Essa é a lei da seleção natural Aniquilamos os fracos de forma banal Os mais fortes almejam sempre o triunfo Essa é a lei da sobrevivência nesse mundo Somos superiores na inteligência Esse é um dom concedido pela natureza Somos talentosos, somos meritocráticos Somos ricos porque somos disciplinados Somos empresários, somos homens de negócios Somos donos dos bancos, donos do petróleo Manipulamos a economia, a mídia Somos a elite, somos a burguesia Somos os deuses da sociedade tecnológica A razão iluminista é a nossa glória Dominamos os escritos de john locke, maquiavel Adam smith, hobbes, voltaire, montesquieu Thomas malthus, jean-baptiste say, david ricardo E outros contemporâneos do liberalismo Pensadores do conservadorismo Nosso investimento contra as classes superiores É uma artimanha para mantermos total controle Para chegarmos a essa conformidade Deixamos os fracos em complexo de inferioridade Desintegramos o núcleo familiar dos fracos Fazendo seus pais permanecerem preocupados Com as drogas e a criminalidade Mantemos as classes inferiores na vulnerabilidade Deixamos a escola pública precária Com nível de educação pobre e baixa Para que as classes inferiores permaneça Na ignorância, na pobreza, na violência Alguns das classes inferiores às vezes se rebelam Fazem piquetes, protestos e manifestos Porém nosso controle social é uma engenharia Não deixamos brecha para a reação da maioria Nossa ideologia é uma arma silenciosa Que mantém os inferiores conformados com esmolas Essa forma de escravatura é essencial Para mantermos a verdadeira ordem social Paz e tranquilidade para as classes superiores Somos os melhores entre engenheiros e doutores Somos educados para ocupar espaços de poder Os inferiores não têm inteligência para perceber Que disparamos ideologias ao invés de balas O público não pode compreender essa arma Podem até sentir uma revolta instintivamente Mas não pode romper os grilhões da mente Não podem se desprender das engrenagens Nossas armas silenciosas são eficazes Os inferiores não sabem como e porquê Não conseguem se unirem para se defenderem A arma silenciosa é um tipo de arma biológica Ela ataca a vitalidade do corpo e da memória Manipulamos de forma fatal a fonte de energia social e natural Neutralizando mobilidades essenciais, limitando as forças físicas e mentais No comportamento humano vamos interferindo Através de alimentos industriais, químicos Aspartame nos refrigerantes, flúor na água Carne de animais totalmente contaminada Através da publicidade fazemos a lavagem cerebral Invadimos seu sistema nervoso central Te deixando angustiado e estressado Mas aliviamos suas dores com fármacos Nosso sistema de armas silenciosas letais É transmitido ao público por meios legais Os governos são obrigados a nos conceder Toda informação possível para te foder Sabemos de todos os seus anseios Temos o controle total dos seus desejos Você é obediente, docilizado pela nossa cartilha Ignorante dos princípios mais básicos da vida Distraído com temas sem importância real Guia e adestrado como um animal Você é capaz de matar em nosso nome Os que tentam te despertar dessa hipnose Você está totalmente dominado por hipocrisias Você é sedento por violência e pornografia Uma coca-cola, um filme de futilidade Já te deixa contemplado de felicidade Deixamos as classes inferiores Se afogarem em guerras constantes Em destruição da vida sobre a terra Morrendo de doenças causadas pela miséria De todas as espécies somos a mais evoluída Estamos no topo da pirâmide capitalista Somos os donos do dinheiro, da morte e da vida Controlamos a ciência e o avanço da criogenia Derramamento de sangue, genocídio e carnificina São mecanismos para testar novas tecnologias As classes inferiores não enxergam o óbvio Que são nossos ratos de laboratório Mesmo nós sendo escancarados nessa letra Os que ouvirem vão achar uma tremenda besteira Triunfamos mas a ignorância lubrifica As armas silenciosas para guerras tranquilas