Tenebroso Era assim o tal João Ficou tão famoso Por que dava surra em multidão Espalhafatoso Caminhando esbarrou em um rapaz Jogo perigoso Pois a morte nunca anda com cartaz E o João valentão tomou satisfação E lhe disse: onde já se viu? E levantou a camisa e mostrou um oitão E pagou de polícia civil Estava prestes a estapear o rapaz Quando alguém feito um relâmpago Veio pra apaziguar e assim lhe falou Toma cuidado, Jão Deixa isso pra lá Não vai pra grupo, não Fica ligeiro Nesse vespeiro Melhor não por a mão Com isso não vá mexer Não tem por que se meter Por que sei que vai dar nó Vai dar, não Vai danar Vai doer O rapaz é o Belzebu E o seu sangue vai beber Feito vinho e fumando um Com o chicote te lamber E o dragão fala pr'o filho de Ogum Nem seu pai vai me deter Eu vou te mandar pra catacumba Só quizumba Feito zabumba Coração bomba Com a perna bamba João tomba! Só que ele não cai Pois se apoia no balcão pedindo ao pai E agora sente que sua vida se esvai Feio na foto está E eu posso atestar O inferno é seu spa E estas férias Não são etéreas, não tem como escapar E assim no solo bateu E a vida toda escorreu No copo do cão caiu E ele viu E ele riu E bebeu Mas de repente deu um piripaque E o cão não aguentou a birita É muito forte o veneno do homem Que até o capeta vomita Foi mais um caso daquele que quando alguém conta Ninguém acredita E como um passe de mágica Na minha frente João ressuscita E o cramulhão Caiu no chão se escondendo da luz Sem condição de reação Se esvaindo um pus Se esvaindo em pus Ele falou para o pai de Jesus Eu não teria clemencia Se fosse meu, meu filho Que tivessem posto meu filho na cruz