ABC, BC pro D é a sopinha de letrinha que vai escrever, tu vai morrer ABC, BC pro D tu não se afoga nessa sopa que senão tu vai morrer Desde pequeno ele tinha mó coragem Não tinha medo do escuro e na sua alma havia muita malandragem Mas tinha medo dos seres que apareciam a meia-noite Que diziam que o que amedronta sempre cola no açoite E mesmo assim em um certo halloween Ele vestido de fantasma e a sua irmã de um anjo querubim Lá longe, ao longe uma luz a cintilar Qual seria os segredos da floresta a se mostrar Haviam ali as árvores que faziam o papel dos olhos Enquanto a terra em sintonia vigiavam os seus modos Com o luar que lá de cima iluminava os seus passos E a bruxa lá distante acenava com seu gato ABC, BC pro D é a sopinha de letrinha que vai escrever, tu vai morrer ABC, BC pro D tu não se afoga nessa sopa que senão tu vai morrer E nessa casa, velha casa de uma velha bem vivida Com o cheiro de vida que vinha nesse dia Ou o cheiro de morte que exalava da sua boca Ó meu filho não se assuste é só o cheiro desse doce Olhei pro lado: Vish, cadê a minha irmã Sua velha chata não comerei essa maçã E agora digo com a boca cheia pra você Vai se foder que eu não quero mais comer Mas oh João retrucando então, não se assuste não Que ela tá no coração Mas ô João vou te dizer então A floresta quer você, ela não quer a sua irmã ABC, BC pro D é a sopinha de letrinha que vai escrever, tu vai morrer ABC, BC pro D tu não se afoga nessa sopa que senão tu vai morrer Eis então, Maria então, acordou então Do chão se levantou no quarto escuro Olhou pelo buraco da porta sem a chave E viu que a situação tava ficando meio grave Eis então, João então, pediu perdão Enquanto a bruxa o amarrava na cadeira Vendo que agora ele seria a sobremesa E Maria vendo tudo encarando a bruxa feia E vai, diz que vai, diz que vai Do caldeirão as chamas vão fazer João crescer E vai, diz que vai, diz que vai Do caldeirão as chamas vão fazer João crescer Daí Maria apareceu pra ajudar Com o seu grampo de cabelo conseguiu se libertar E a vassoura que a bruxa sempre usava pra voar Uma vassourada nessa velha ela veio a acertar E João malandro agora queria zoar Com o gato lá da velha na cara dela a jogar E a caldeira que fervia também veio a derrubar Vê se queima ô minha senhora que a gente vai vazar Todo dia agora eles ficavam de olho Pois sabiam que a bruxa tava atrás do seu coro E pelo menos com o papel que o João trouxe de lá Todos sabemos que o nome dessa bruxa era Naná ABC, BC pro D é a sopinha de letrinha que vai escrever, tu vai morrer ABC, BC pro D tu não se afoga nessa sopa que senão tu vai morrer