Certo dia eu falei precipitado ao meu pai E lhe disse eu preciso ir embora, eu tenho que ir Faça as contas, dai-me a parte da fazenda em minhas mãos Tomei toda minha parte da herança e parti Ao sair, vi que meu pai ficou na porta e me olhava Esperando certamente que eu fosse desistir Suas lágrimas em seu rosto eu vi rolarem e caírem Mesmo assim, com o coração endurecido, prossegui. Eu não conhecia nada Eu não sabia a estrada O mundão velho para mim era estranho Mas conheci uns amigos Que foram meus inimigos Foram eles que destruíram todo o meu ganho Mas um dia levantei a minha cabeça e olhei para o céu E ali todo o meu estado miserável refleti E então do fundo do meu coração eu falei Pai querido, reconheço que pequei contra ti Sei que agora não mereço ser chamado mais teu filho Mas me aceite pelo menos como um dos jornaleiros O que eu quero é um cantinho em tua casa pra ficar Pois cansei de ser no mundo andarilho e aventureiro Ele então me abraçou, me recolheu com amor Fez questão de anunciar para o povo Pra festa da minha chegada Muita gente foi convidada E tudo que me faltava me deu tudo novo