Hoje eu vi que tudo é ilusório Sou só um poeta que não vê além de si Marquei com sangue, fiz nota dos erros Hoje faço dela um terço pra não me prender O problema é que a saudade é do tamanho do mundo E o peito arde quando eu percebo o tamanho do mundo É, sem querer sou parte disso Eu sou um texto, a vida um livro Que eu nem quero ler Paro e vejo tanta gente tão comum Me pego nisso ao caminho de casa Faço parte dessa gente, eu sou tão comum Reclamo do tempo e não vejo quando ele passa Viro uma esquina sou outro Aperto os meus passos, faço uma canção Quantos aqui tão vivendo de ouro Eu faço meus passos frente à multidão Noite gela, não me desespera Olho da janela, noite bela acendeu Faz um tempo que eu só penso nela E quem pinta o quadro nessa tela sou eu Quanto mais medo, menos coração Quanto mais amigos, menos solidão Quanto menos tarda, mais evolução Quanto menos calma, mais contradição Quanto mais se ama mais se tem amor Quanto menos ódio mais se tem amor Entre o amor e o ódio, eu fico com o amor Entre o amor e o ódio, eu Já me perdi entre meus medos e minhas projeções Visões de vida que eu não quero entre meus passos Curso da vida é consequência daquilo que toca o peito Eu não seria eu se entrasse em outra porta, mas Imaginando o frame eu traço o itinerário do que? Sobre o Sol quente eu laço e trago o imaginário porque Nada é tão simples em olhar além do presente Paro e penso lá na frente O que vai ser de mim? Nem sei mais, eu só quero paz e muito amor Pra ser além da alma o espelho hoje quem vai compor Nem de longe que essa letra assume o erro Eu sou mais um, eu tenho medo E o que vai ser de mim? Quanto mais medo, menos coração Quanto mais amigos, menos solidão Entre o amor e o ódio, eu fico com o amor Entre o amor e o ódio, eu