Somente por hoje Eu andaria milhas só pra ser seu psicólogo Montaria diálogos, decifraria o catálogo monocromático Aqui tudo vai bem Me apaixonei no eu só Talvez não seja tão bom O efeito dominó Pois é, eu tropecei nos meus pecados Vi gente decapitada comendo seus próprios calos Minha doença é enxergar tudo que bate Ter coragem de falar mas não tá pronto pro combate Vivas A dor é fundamento Pra limpar o entendimento Pra trazermos-nos para os passos quânticos Ser dois ao mesmo tempo Não, não, não me contaminará Dois dois na alma pra entender todo o declínio Linha de entendimento não é linha de raciocínio Hoje o céu se abriu só com pássaros mudos Cor preta de vinil em nosso baile de surdos Descompasso do compasso [Juyè] E o mundo aqui, tem dado voltas certeiras E a cada volta, sigo tentando me encaixar A cada passo falso, minha vida balança feito um barco a velejar Montando estruturas solidas, pra não me perder Nessa conversa impar, à procura de um par Eu que não domino a esgrima de suas palavras afiadas que insistem em desvendar Todos os pontos fracos que me fazem fraquejar Mas no fim, eu embarquei nessa viagem Sem primeira classe a mala cheia de historias pra contar, pra contar [Jean Tassy] Levada da alma, o corpo atira O verso mistura batida e tudo fica bom Vi mais um degrau, e não quis subir não, porque pra subir tinha que pisar na mão Prefiro de longe saber como é o foco distante, pra poder compassar e descompassar Cuidado com a mentira, que ela vira, mira, e atira e tu nem sabe a direção E quando esse filme se acabar, não sei nem o gênero Um tiro no olho da alma, nunca que me cegará Para o tempo baby, que hoje eu vou dançar contigo até o planeta congelar Para o tempo baby, que hoje eu vou dançar contigo até o planeta congelar [Juyè] As coisas da vida me atormentam na volta pra casa Eu peço ajuda pra traçar a direção [Jean Tassy] E o tempo passa, passa, embaça minha visão na rota Não sou de farsa, caça quantos passam dessa ponta