Noites de luar no Morro da Maianga Anda no ar uma canção de roda: "Banana podre não tem fortuna Fru-tá-tá, fru-tá-tá... Entra aqui sai ali... Fru-tá-tá, fru-tá-tá" Moças namorando e nos quintais de madeira Velhas falando conversas antigas Sentadas na esteira Homens embebedando-se nas tabernas E os emigrados das ilhas - Os emigrados das ilhas Com o sal do mar nos cabelos Os emigrados das ilhas Que falam de bruxedos e sereias E tocam violão E puxam facas nas brigas Ó ingenuidade de histórias infantis Ó namoro de moças sem cuidado Ó histórias de velhas Ó mistérios dos homens Proletários esquecendo-se nas tascas E os sons do violão E os cânticos da missão Os homens Os homens Os homens As tragédias dos homens Dona da casa me dá licença Me dê seu salão para vadiar Eu vim aqui foi pra vadiar Eu vim aqui foi pra vadiar Vadeia vadeia vadeia Eu vi a pomba na areia