Ei moço Tanto tempo que contei Quantos verões dessa história Se apagaram dos sentidos Quantos vezes dei ouvidos Aos caprichos da memória Que já nem sei Se ficava ou ia embora Ei moço Não me chame pra ser rei Sabe, tive o peito aberto Pra vencer todo o futuro De pular tudo que é muro Questionar tudo que é certo Mas já nem sei Se amei quem tava perto É preciso ter coragem Pra acordar na madrugada Pra sonhar sem paradeiro Pra andar sem ver calçada Pra honrar todo o terreiro Arruda e flor Mas também tome cuidado Qualquer vento na jangada Muda o rumo e o nevoeiro traz certezas de fachada E o caminho verdadeiro revela a dor Ei moço Não me chame pra ser rei Sabe, tive o peito aberto Pra vencer todo o futuro De pular tudo que é muro Questionar tudo que é certo Mas já nem sei Se amei quem tava perto É preciso ter coragem Pra acordar na madrugada Pra sonhar sem paradeiro Pra andar sem ver calçada Pra honrar todo o terreiro Arruda e flor Mas também tome cuidado Qualquer vento na jangada Muda o rumo e o nevoeiro traz certezas de fachada E o caminho verdadeiro revela a cor