É um nó dado por São Pedro Desarrochado por São Cosme e Damião É u'a paixão, é a sensação de um repente Igual ao quente do miolo do vulcão Quer ver o bom, é o aguado quando leva açúcar É ter a cuca açucarada num beijo roubado É o pecado confessado ao Mestre Sereno Levar sereno num terreiro bem enluarado É o pinicado do chuvisco no chão pinicando Ficar bestando c'um inverno bem arrelampado É o recado da cabocla um beijo mandando Tá namorando a cabocla do recado. Quer ver desejo, é o desejo tando desejando E a lua olhando este amor na brecha do telhado É o rodeado do peru peruando a perua É a canarinha galeguinha cantando o canário Zé do Rosário bolerando com Dona Isabel Dona Isabel bolerando com Zé do Rosário Imaginário de paixão voraz e proibida Escapulida, proibida pro imaginário Quer ver cenário é o vermelho da auroridade É a claridade amarelada do amanhecer É ver correr o aguaceiro pelo rio abaixo É ver o cacho de banana amadurecer Anoitecer vendo o gelo do branco da lua E a pele nua com a lua a resplandecer É ver nascer o desejo com a invernia E a harmonia que o inverno fez nascer