Lembre A Terra cálida A nossa voz Atávica E o listrão vermelho Do Sol É tudo longe E ainda E em nós Nunca se finda O nosso Espaço de luz O câncer Das velocidades Desorientando As tardes Daqui Entre cliques e sons Mas a cor Das nossas vozes De urtigas E avelozes Vencem ondas E ilusões E, no crepitar Dos mundos Os séculos De segundos Tingem de negro O luar O desordenar Do céu se expande O tempo bate Bem no sangue E a hora ferve Para nos matar