O rosto da sereia, nossa senhora Poça d’água azul piscina na esquina Muita gente no sonho, todos da mesma idade Plantando fazendas de possibilidades O tempo é confuso, passa girando Como nas voltas de um parafuso Pra mudar, sabe, é preciso apagar Pegadas, lembranças, vacilos, imagens Nos meus sonhos, terei você ainda amanhã Útero de dormir na sombra da varanda Resgate pra poça d’água azul piscina Fonte dos desejos Hoje vivemos singulares, mesmo aos pares Não fazemos distinção do que é igual, tudo é plural