Eu olhei no calendário, era primeiro de abril Então, lembrei desse fato, que em minha vida surgiu No meu tempo de mocinho, que eu morei perto de um rio Pescava em cima de um barco, que pertencia ao meu tio De repente, um peixe grande, naquela água, emergiu Era um lambari azul, que me olhando, sorriu Ele se bateu na água, senti um grande arrepio A onda bateu no barco, com a pancada, se partiu Saltei depressa pra terra e peguei o meu fuzil Apontei para o danado, mas o tiro não saiu O peixe pulou da água e em mim ele investiu Dei um soco de direita, que na hora, ele dormiu Gritei pedindo ajuda, o pessoal então, ouviu Vieram me socorrer, o meu medo, diminuiu Antes que ele acordasse, alguém foi lá e mediu Chegou a 2 metro e oitenta, sem o rabo, que sumiu Com a minha faca de ponta, esse peixe, a gente abriu Deu carne pra todo mundo, acredita só quem viu Acendemos a churrasqueira, aí que a coisa tiniu Trouxeram pinga e cerveja, também chope no barril Sei dizer que aquele dia, o pessoal se divertiu A festa estava tão boa, no outro dia, prosseguiu Mas que lambari bonito e era azul, cor de anil Nunca mais voltei pra lá, porque a ponte caiu E quem achar que é mentira, que vá... Perguntar pro meu tio.