Juninho Caipira

Foi Verdade

Juninho Caipira


Eu olhei no calendário, era primeiro de abril
Então, lembrei desse fato, que em minha vida surgiu
No meu tempo de mocinho, que eu morei perto de um rio
Pescava em cima de um barco, que pertencia ao meu tio

De repente, um peixe grande, naquela água, emergiu
Era um lambari azul, que me olhando, sorriu
Ele se bateu na água, senti um grande arrepio
A onda bateu no barco, com a pancada, se partiu

Saltei depressa pra terra e peguei o meu fuzil
Apontei para o danado, mas o tiro não saiu
O peixe pulou da água e em mim ele investiu
Dei um soco de direita, que na hora, ele dormiu

Gritei pedindo ajuda, o pessoal então, ouviu
Vieram me socorrer, o meu medo, diminuiu
Antes que ele acordasse, alguém foi lá e mediu
Chegou a 2 metro e oitenta, sem o rabo, que sumiu

Com a minha faca de ponta, esse peixe, a gente abriu
Deu carne pra todo mundo, acredita só quem viu
Acendemos a churrasqueira, aí que a coisa tiniu
Trouxeram pinga e cerveja, também chope no barril

Sei dizer que aquele dia, o pessoal se divertiu
A festa estava tão boa, no outro dia, prosseguiu
Mas que lambari bonito e era azul, cor de anil
Nunca mais voltei pra lá, porque a ponte caiu
E quem achar que é mentira, que vá... 
Perguntar pro meu tio.